mardi 13 avril 2010

o contrário da batata

Amiga, você sabe qual é o contrário da batata? Será pássaro? Será camelo? será janela? Se for, eu fico com o contrário, mas isso deixaria a batata rejeitada, então, iríamos... plantá-la? Vamos! Eu sei que, com certeza, você também se empolgaria comigo e o jornal das pequenas coisas anunciaria: formigueiro se depara com novo lustre, que é a batata plantada, mas elas, formigas, não sabem! E foi assim que esculpiram escorregas no lustre-batata, desculpa para as formigas que se lançam em queda livre do topo do (seu) mundo! E eu sei o quanto só você pode entender tudo o que eu digo! Amiga, é exatamente isso que você precisa fazer com a Ana: transformar sua batata em lustre-escorrega, entende? No demais, não esqueça de pensar nesses contrários quando ela estiver falando. E já que ,outro dia, você levantou o pensamento sobre os anões... O contrário de anão seria? Alface? E a quem mais no mundo isso importa além de nós duas? Ter o seu abraço de manhã e olhar para ti com as certezas de detalhes já conhecidos é o que me faz sentido, além disso, a faculdade seria apenas mais e mais corredores e sem ninguém para perguntar o contrário do ovo. E a interseção? A interseção do mundo qual é além do coração?




Eu ouvi na aula que o ser humano é um ser voltado para o amor e estou te contando como outra sugestão de temas de pensamentos durante a aula da Ana, ou no ônibus, ou no tempo, é, no tempo, quando um dia do amanhã do amanhã do amanhã, você estiver arrumando seu tempo e perceber essa carta escrita na gente. A pessoa interseção maior com meu espírito. Você tem que prometer que não vai desistir dessa matéria, promete? Quando chovia, um pássaro se divertia com a chuva lá de cima do poste, sabia que você o enxergaria também e eu senti sua falta, de quando juntas somos pássaros e já que somos, vamos espalhar por aí nosso mundo, enviar cartas para as casas de pessoas desconhecidas ao invés dos anúncios que para elas chegam e contar sobre a dança do pássaro que chovia, torná-la audível, assim como o contrário da batata, do ovo, do caranguejo, do Destino... mas, principalmente, as interseções que só o diálogo torna destransparente, ainda que seja diálogo-silêncio-fonético: como este, apesar de achar que de silêncio, nada tem. É puro rebuliço, linguagem sem corpo que todo mundo compreende. E pensa no dia que a gente olhar para alguém e perceber que ali algo deixamos, assim a gente sente aquela felicidade sem este nome. E em nome dela te escrevo, porque você a torna possível mesmo quando acho que nada acontece, é que, na verdade, estão em fusão gradativa mais e mais palavras tuas até que, quando percebo, tenho quilômetros de infinitos.



Eu acho que mudei muitas vezes de assunto, mas é porque comigo tenho seus quilômetros de infinitos e queria te perguntar: então, amiga, que Agora vamos tecer com eles?



Com carinho,

Juliana





eu amo você.