Encontrei um livro novo hoje. Sem título ainda. Estava empilhado no meio da biblioteca, terceira fileira, poesia brasileira. Decidi levá-lo comigo para casa. Já no caminho, na noite recém-nascida, a rua deserta, abri ao acaso e fui lendo e andando ao mesmo tempo. Viro a página. E o livro me faz uma mímica. Não adivinho. Dou uma gargalhada. Ele também ri. Era um poema escondido que fugiu para o epílogo. Mas deixou um cheiro de junho. Fechei o livro de pirraça e fiquei olhando a capa, parados no portão de casa. Ai, livro novo, você lembra tanto um livro velhinho meu, um livro que perdi, rasguei sem querer a lombada, joguei água, manchei de tinta. Mas teu rosto,livro novo, é ainda calmo sem título, novo com cheiro de antigo, um cheiro que tinha perdido. De capítulo em branco.
samedi 18 juin 2016
Livro novo
Livro novo
Encontrei um livro novo hoje. Sem título ainda. Estava empilhado no meio da biblioteca, terceira fileira, poesia brasileira. Decidi levá-lo comigo para casa. Já no caminho, na noite recém-nascida, a rua deserta, abri ao acaso e fui lendo e andando ao mesmo tempo. Viro a página. E o livro me faz uma mímica. Não adivinho. Dou uma gargalhada. Ele também ri. Era um poema escondido que fugiu para o epílogo. Mas deixou um cheiro de junho. Fechei o livro de pirraça e fiquei olhando a capa, parados no portão de casa. Ai, livro novo, você lembra tanto um livro velhinho meu, um livro que perdi, rasguei sem querer a lombada, joguei água, manchei de tinta. Mas teu rosto,livro novo, é ainda calmo sem título, novo com cheiro de antigo, um cheiro que tinha perdido. De capítulo em branco.
Encontrei um livro novo hoje. Sem título ainda. Estava empilhado no meio da biblioteca, terceira fileira, poesia brasileira. Decidi levá-lo comigo para casa. Já no caminho, na noite recém-nascida, a rua deserta, abri ao acaso e fui lendo e andando ao mesmo tempo. Viro a página. E o livro me faz uma mímica. Não adivinho. Dou uma gargalhada. Ele também ri. Era um poema escondido que fugiu para o epílogo. Mas deixou um cheiro de junho. Fechei o livro de pirraça e fiquei olhando a capa, parados no portão de casa. Ai, livro novo, você lembra tanto um livro velhinho meu, um livro que perdi, rasguei sem querer a lombada, joguei água, manchei de tinta. Mas teu rosto,livro novo, é ainda calmo sem título, novo com cheiro de antigo, um cheiro que tinha perdido. De capítulo em branco.
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